sábado, 16 de agosto de 2014

Sinopse em dia de Parque


Foi em uma terça, amanheceu com um lindo Sol. A Indiazinha recebeu um chamado de uma colega, pedindo-a que fosse encontrá-la.
Desayunó e saiu em seguida. Foi percorrendo todo curso, debaixo do sol, feliz e cantante. Os passarinhos cantavam junto, o vento refrescava e o sol só iluminando e aquecendo seu caminho.
Após 35min de caminhada acompanhada da guitarra de Django a indiazinha estava tão animada que não se importou nem em comer nada quando chegou ao encontro. Já foi logo encontrar seus colegas. Decidiram depois ir ao Parque Natural, onde há muitas árvores, sossego, verde e energia boa!
Estava tudo indo muito bem, ela e seus colegas registraram o momento, conversaram, ouviram músicas. Depois se juntaram à outra tribo que estava na trilha do Parque. Conversaram sobre astrologia, leitura de mão, paz, e o verde.  Um dos astrólogos da tribo leu a mão da curiosa e inquieta indiazinha e disse: Você foi afastada da Arte e não queria. Você precisa achar um jeito de voltar. Pintar, Teatro, se expressar. Mostrar sua arte, sua criatividade, seu “eu”, sua visão de mundo, de vida.

Como era verdade o que ele acabara de falar com ela, ela não parou de pensar e de concordar com o que ele havia dito. Pois ela se sentia exatamente assim; como se estivesse presa e Precisasse se libertar. Como se tivesse sido forçada a largar suas raízes...
Daí, em meio a conversa e risos, todos começaram a soltar fumaça. Eram três tochas dando volta por toda a roda, passando por todos. Foi uma festividade por acaso, sem marcar encontros. Estava ali quem deveria estar. As pessoas que naquele dia sentiram a mesma vontade de sair de casa quando viram o Sol. E estavam ali na mesma hora.
Mas ainda sim, tinha alguma coisa. Sempre sentimos essa sensação de quando está tudo muito bom.
Uma hora depois, metade da tribo seguiu seu caminho e a outra ficou, incluso la indiacita.
A vontade de festejar, pelo fato de estar sol, de ser um dia lindo, por estarem todos bem, por qualquer motivo real que os deixou, naquele momento, gratos, os fez soltar mais fumaça. Porém desta vez, usaram uma tocha e uma fogueirinha.
 Era tanta fumaça, tanto riso, tanta diversão. Quem diria, ela estava tão feliz de ter decido sair aquele dia. Ficou grata de se sentir normal em meio a todos estranhos como ela, mas que se aceitavam e se sentiam felizes por ser do jeito que são. Viu que deveria se aceitar mesmo como ela é, como se enxergava, como se descrevia. Como já havia feito no passado (e por algum motivo se perdeu...). Se aceitar, se libertar, assim como dizia sua palma da mão.

Depois disso a indiazinha partiu pensativa do Parque. Vagou pelas ruas; o sol ainda estava ali...
Encontrou familiares, ficou mais feliz. O que será que essa terça tinha de tão especial para ter sido tão sutil, simples e incrível.
No fim da tarde ela seguiu seu caminho para casa. Estava ansiosa para chegar e assim que viu um transporte correu para pega-lo.
Em instantes sua condução começou a ficar lotada, todas as janelas fechadas, as pessoas falavam alto, empurravam, sem educação alguma.
E em um piscar de olhos a indiazinha já não enxergava mais – o teto preto –, ela já não conseguia respirar e tão pouco falar. Começou a cair... E de onde não sabemos de onde vem, mas sabemos que temos, com uma força ela se reergueu e conseguiu pedir ajuda, já suando frio e da cor do gelo.
Sentou-se e todos à ajudaram, abriram as janelas, pediram socorros. Foi uma união coletiva para àjuda ao próximo.
Em momentos a cabeça da indiazinha ria, não podia acreditar que isso acontecera com ela, num dia tão calmo, e todavia em uma condução. Se fazia várias perguntas, enquanto sentia o vento batendo em seu rosto e suas mejillas colorindo aos poucos. Voltava ao normal... Pensou:
Pode ter sido tanta coisa, falta de alimento, exposição ao sol, fumaça - fumaça, transporte e janelas obstruídas de ventilação. Tudo junto? Ou além destes outros? Caída na energia?

Chegou em casa, agradecendo por ter chegado. Exausta e sem entender, mas grata!
Deitou-se e descansou... 

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